Vinil is The New Black

terça-feira, novembro 22, 2016


  

 Matéria da revista PSK 

“Os discos de vinil podem ter sido considerados subprodutos de uma época superada, mas, na verdade, representam um formato em expansão, que faz um verdadeiro retorno em plena era digital” diz o porta-voz da British Phonographic Industry Lynne McDowell

    Não é de hoje que ouvimos que o vinil voltou à moda, ressurgiu ou até que está em alta no momento. Mas não é bem assim, ele sempre esteve entre nós. Não tão aparente, reduzido, mas lá. Poucos artistas optavam em lançar seus álbuns também em vinil ou LP porque a demanda era baixa e cara demais para serem feitos.
  Muitos amantes de vinil iam atrás de discos em sebos e lojas especializadas para ver se achavam um disco em bom estado e essa procura permanece, ainda mais porque muitos discos clássicos estão sendo programados para um relançamento em vinil.



  O Brasil está desde 2010 observando um forte crescimento na venda dos discos de vinil. Muitos artistas como Pitty, Criolo e Fernanda Takai lançaram seus trabalhos em discos e todos adoraram. Hoje você vai a uma Saraiva da vida ou uma livraria Cultura e vê um setor todo dedicado apenas ao vinil. No Brasil há apenas uma empresa voltada a produção de vinil a Polysom que foi fechada em 2007 e comprada em 2010 pela Deckdisc, que estava de olho no crescimento do consumo de vinis nos EUA e UK, visando impulsionar aqui uma também crescente demanda. Relançando discos clássicos novamente em vinil, e impulsionando artistas novos a lançarem também seus trabalhos nesse formato.

 
  “Hoje é tão simples ouvir música seja no YouTube ou no spotify, eu acho que estamos com uma espécie de saudades dos tempos em que nossos pais tinham que sair para comprar um disco”, disse um estudante Inglês.

   Mas que há de tão interessante nos vinis em plena era de Streaming de música digital grátis? Muitos acreditam que hoje a música digital se tornou “fria”, impessoal muito cibernética. Com o vinil se pode namorar a capa do disco, ler o encarte e a contracapa o que torna ouvir música um momento mais íntimo e pessoal onde você namora o trabalho que se adquiriu, onde você ouve o disco todo, tudo se torna uma experiência única, tátil, visual além de auditiva. Onde se perde aquele ouvir por ouvir. Ouvir um disco se torna um tipo de rito, que você fará cultuando uma obra.  Nesses tempos de indústria digital perdemos um pouco do amor pela arte, de se ouvir uma boa música, de se comprar um CD, nessa era onde se pode comprar singles separadamente, com o vinil trazemos isso tudo de volta.
   É fácil encontrar sebos vendendo discos antigos, mas que se pede e música nova nesse formato. O mercado de discos gerou em 2015 o equivalente a 1,5 bilhão enquanto serviços de streaming geraram juntos 1,3 bilhão. Para 2016 a British Phonographic Industry divulgou que o número de discos vendidos pode atingir o maior índice em 20 anos um recorde de cerca de 3,5 até o final do ano.

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